Exercício de Flamboyant 3

Quando fiz esta série de pinturas que devo colocá-la aqui dentro de 22 dias, produzi também um texto explicando todo o trabalho. Mas como ficou grande para um blog como esse, vou postando partes dele aos poucos. Então para entender todo o processo, será preciso ler de trás para frente, ou seja, iniciando pelas postagens anteriores, assim como se lê uma revista japonesa. Segue-se o texto de hoje, continuação de ontem.

O começo:

O meu primeiro contato com a pintura monocromática japonesa e com professor Kako foi em 2001, numa oficina durante o Festival de Inverno do Mosteiro Zen Pico de Raios, (Ouro Preto –MG). Fiquei, a partir dali, encantada com o fato de podermos pintar com pouca tinta e mínimos traços. Até então, gostava de usar acrílica, uma técnica incentivada pelo artista plástico Fernando Duarte, que também considero um professor. Com essa última , que comecei a usar em 1997, participei de três coletivas, entre elas,”Identidades”, organizada por Fernando no ateliê Arte da Terra, em Casa Forte, Recife, PE. Ele também participou com alguns quadros, além dos trabalhos da suas alunas de fato. A mostra aconteceu em 2000.

Mas, foi no ano passado, depois do curso do professor e artista sumi que resolvi experimentar o nakin colorido. É claro que o Kako nos ensinou o sumi-ê tradicional monocromático, correto, sublime, mas o meu amor pelas cores e a busca pelas formas não reais são coisas que não poderiam deixar passar em preto e branco. Assim, resolvi marcar o “anúncio” desses primeiros trabalhos com nankin, aos quais denominei Exercícios de Flamboyant, selando um casamento definitivo com o vasto mar de possibilidades que se pode extrair da cor.

amanhã tem mais.

Maria Pignata